domingo, 16 de julho de 2017

AgitÁgueda (2017)
Cais do Bico (Murtosa) - Vila Nova de Gaia
 Dia 3 (16 de Julho de 2017)

O Cais do Bico possui um parque de merendas, um pequeno areal de praia, sendo esta vigiada e com instalações sanitárias e de apoio e também ali se encontra um bar restaurante.
O Cais do Bico fica situado no Lugar do Bico, Concelho da Murtosa, e é seguramente, o maior cais do Concelho da Murtosa, assumindo uma grande importância ao nível económico (pesca e apanha de moliço). Continua a ser a base de trabalho para muitos pescadores da ria, conforme se pode comprovar pelo elevado número de barcos ancorados no porto de abrigo. A moderna infraestrutura foi construída pela Câmara Municipal da Murtosa. Neste local chegou a funcionar um estaleiro naval.
O Cais do Bico é um dos locais mais emblemáticos do Concelho da Murtosa.
Este é um local de grande beleza natural e onde se pode desfrutar de momentos de descanso e lazer.
Este dia foi aproveitado essencialmente para relaxar, descansar um pouco e passear descontraidamente por este belo local.



Parque de merendas e o bar restaurante

Vista do "Porto de Abrigo" com os barcos ali ancorados


Num desses passeios a pé fomos até ao Cais da Cova do Chegado que também possui um moderno porto de abrigo para os pescadores e daqui temos um vista privilegiada para o Canal da Murtosa da Ria de Aveiro.
Ao fim do dia saímos para regressar a casa, Vila Nova de Gaia, e durante o percurso fomos à AS de Estarreja para efectuar a manutenção das águas da autocaravana.
Nesta viagem efectuámos um total de 176 Kms.


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As descrições e/ou um pouco de história, são essencialmente recolhidas através de informação existente em sites de Turismo, incluindo as do Turismo de Águeda, da Câmara Municipal de Águeda e do site da programação relativo ao evento AgitÁgueda, dos sites da Câmara Municipal da Murtosa e da Junta de Freguesia da Murtosa e de diversas pesquisas na internet.

sábado, 15 de julho de 2017

AgitÁgueda (2017)
Águeda - Cais do Bico (Murtosa)
 Dia 2 (15 de Julho de 2017)

Durante a manhã estivemos no mercado local onde efectuámos algumas compras e em seguida fomos ao Posto de Turismo a solicitar informações turísticas e alguns mapas e, posteriormente percorremos algumas ruas da cidade e alguns locais assinalados nos respectivos mapas e folhetos turísticos.


Mercado de Águeda



Em algumas das ruas havia "animação de rua" e já se começava a notar bastante movimento de pessoas para aproveitar ao máximo este evento.



Chapéus-de-chuva gigantes e coloridos


Interessante as grades na estrada
A meio da tarde saímos em direcção ao Cais do Bico, na Murtosa e após chegarmos verificámos que ali já se encontravam várias autocaravanas, quer nacionais quer estrangeiras.
Aproveitamos ainda o bom tempo que se fazia sentir para dar um mergulho na Ria e desfrutarmos de alguns momentos de praia.
Estacionamento e pernoita no Cais do Bico, coordenadas, N 40º 43' 49.48''   W 08º 38' 54.50''.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

AgitÁgueda (2017)
Águeda
 Dia 1 (14 de Julho de 2017)

Após termos visto na imprensa (televisão) a reportagem e respectivas imagens sobre o evento que decorria na cidade de Águeda, em que algumas das ruas se encontravam “enfeitadas” com imensos chapéus-de-chuva coloridos, ficámos com vontade e curiosidade para vermos esse evento pelo que decidimos ir lá passar o fim-de-semana.
Saímos de Vila Nova de Gaia a meio da tarde em direcção à AS de Estarreja a fim de proceder à manutenção das águas da autocaravana e posteriormente continuámos a nossa viagem até à cidade de Águeda onde chegámos pouco depois das 17 horas.
Ali chegados estacionámos na AS ali existente e verificámos que algumas das ruas se encontravam com o trânsito condicionado devido ao evento que estava a decorrer.


AS de Águeda

Este evento denominado “AgitÁgueda” que decorre de 1 a 23 de Julho vai na sua 12ª edição e tem uma programação desportiva e cultural com muitos espectáculos, animação de rua, o encontro dos homens estátua, o carnaval fora de horas, DJ’s, performances, tasquinhas, o espaço Agitakids e o já célebre projecto “The Umbrella Sky”. Um dos pontos altos deste evento é o projecto “The Umbrella Sky” que é uma instalação artística de milhares de chapéus-de-chuva coloridos que flutuam pelas ruas da cidade, atraindo turistas de todo o mundo.






Existem ainda outros projectos de arte urbana em que podemos admirar as pinturas que foram efectuadas em bancos de jardim, escadarias, colunas, etc.





A entrada nos espectáculos é gratuita.
Neste evento “AgitÁgueda” a cidade é “invadida” por cerca de 200.000 turistas nacionais e estrangeiros.
Aproveitámos o fim da tarde para percorrer algumas das ruas da cidade e visitar o recinto principal onde se localizam as tasquinhas e o palco onde decorrem os espectáculos musicais.



A noite estava bastante amena e por volta das 22,30 horas, actuaram os “Ugly Kid Joe”, banda musical de hard rock da Califórnia e que pensamos ser o ponto alto da programação musical.
O recinto principal estava completamente cheio de gente a assistir a este concerto.
Grande parte da madrugada foi preenchida com a participação de DJ’s.
Estacionamento e pernoita na AS de Águeda, coordenadas N 40º 34' 17''   W 08º 26' 34''.

domingo, 12 de março de 2017

Fim de Semana pelo Minho (2017)

 Guimarães - Vila Nova de Gaia
Dia 2 (12 de Março de 2017)

Após o pequeno-almoço a bordo da autocaravana e munidos de mapas e alguma informação turística, saímos para efectuarmos algumas visitas a locais e monumentos na cidade. Convém referir que o “Centro Histórico de Guimarães” foi classificado como Património Mundial pela Unesco em 13 de Dezembro de 2001.
Guimarães é uma cidade com um passado histórico glorioso e cuja história está associada à fundação da identidade nacional portuguesa.


A nossa visita começou precisamente no Paço dos Duques de Bragança, também designado tipicamente apenas por Paço dos Duques. Para essa visita adquirimos o respectivo bilhete conjunto de ingresso individual por 6 € que nos permite também visitar o castelo.
No século XV, por iniciativa de D. Afonso I de Bragança foi construída esta majestosa casa senhorial de vastas dimensões, com características arquitectónicas de casa fortificada e que lhe serviu de residência bem como à sua segunda mulher, D. Constança de Noronha.
O estilo borgonhês desta casa senhorial reflecte os gostos adquiridos nas viagens pela Europa, por D. Afonso I de Bragança, ainda que o seu aspecto actual tenha sido recriado, de forma polémica, durante o Estado Novo.

  


Esteve desocupado quando os duques se mudaram para o Paço Ducal de Vila Viçosa, período em que o edifício foi sendo pilhado. As obras de requalificação do palácio começaram em 1937 e prolongaram-se até 1959, altura em que o Palácio é aberto ao público.
Algumas das salas do Palácio foram transformadas em museu apresentando um espólio diversificado de artes decorativas dos séculos XVII e XVIII das quais se destacam o conjunto de réplicas de tapeçarias de Pastrana as quais narram alguns episódios das conquistas de África, bem como tapeçarias flamengas e francesas, porcelanas orientais, faianças portuguesas, pinturas como o Cordeiro Pascal ou o retrato de D. Catarina de Bragança, mobiliário diverso e um conjunto de armas, entre outros.


Em homenagem às proezas marítimas dos portugueses, o teto da sala de banquetes reproduz o casco virado de uma caravela.



O Paço dos Duques de Bragança é, desde 1910, classificado como Palácio Nacional e é um dos Palácios Nacionais mais visitados quer por portugueses quer por estrangeiros.
Desde 1933 que o Paço dos Duques de Bragança foi transformado em residência oficial da Presidência da República.
Depois de terminada esta visita fomos à Igreja de S. Miguel que se localiza entre o Paço dos Duques de Bragança e o Castelo. Trata-se de uma igreja românica que segundo a tradição foi ali baptizado o rei D. Afonso Henriques. No interior da Igreja, junto à pia baptismal, está uma inscrição que pretende confirmar tal facto. No pavimento interior encontram-se diversas sepulturas de nobres guerreiros todos eles ligados à fundação da nacionalidade.
A Igreja de S. Miguel está classificada desde 1910 como Monumento Nacional.




Em seguida entrámos no Castelo que, segundo a tradição, aqui terá nascido e vivido o rei D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.
O castelo medieval de Guimarães, cuja denominação inicial era de “Castelo de São Mamede, foi mandado construir na segunda metade do século X pela Condessa Mumadona Dias e cujo objectivo era o de proteger o Mosteiro de Santa Maria das invasões normandas e sarracenas que, nessa altura, atingiam a Península Ibérica.





O Castelo encontra-se ligado à fundação do “Condado Portucalense” e ás lutas da “Independência de Portugal”, sendo designado popularmente como “berço da nacionalidade”. Está associado a alguns momentos simbólicos da formação de Portugal, como o cerco de Guimarães de 1127 protagonizado pelo rei Afonso VII de Leão e Castelo e posteriormente a batalha de São Mamede travada a 24 de Junho de 1128, no vizinho campo de São Mamede, entre as forças de D. Afonso Henriques e as forças de sua mãe, D. Teresa e do conde galego Peres de Trava que, com a vitória de D. Afonso Henriques, se deu origem à nacionalidade portuguesa. Há rumores não confirmados de que posteriormente D. Teresa teria sido aprisionada no Castelo de Lanhoso e há até quem relate as maldições que D. Teresa ali rogou ao seu filho D. Afonso Henriques.
O castelo sofreu diversas obras e transformações ao longo dos tempos, obras essas quer de ampliação quer de restauro e conservação. Com o passar dos séculos o castelo foi perdendo a sua função defensiva entrando num estado de progressivo abandono e degradação e no século XX foi recuperado e posteriormente em 1881 é classificado como Monumento Nacional.
Actualmente bem conservado, encontra-se aberto ao público. Apresenta uma planta em forma de escudo e as suas muralhas são reforçadas por 4 torres encontrando-se a torre de menagem ao centro. Do cimo da torre de menagem e dos torreões, podemos desfrutar de uma agradável vista sobre a cidade.
Terminada esta visita passámos pela Praça da Mumadona Dias que foi condessa de Portugal no século X, durante o primeiro condado Portucalense e cuja estátua está colocada no meio da praça que tem o seu nome.
Como atrás referimos foi sob as suas ordens que na segunda metade do século X foi mandado construir o castelo medieval de Guimarães.


Continuámos até à Rua de Santa Maria que foi uma das primeiras ruas abertas e a qual fazia a ligação entre o convento fundado por Mumadona e toda a parte baixa da vila e o Castelo situado na parte alta da Vila. A rua foi habitada durante séculos por clérigos, nobres e gente de prestígio. Como todas as ruas medievais, terá sido uma rua escura, atravancada e suja, onde os avisos de “água vai”, seria uma constante. Hoje é uma das artérias mais bonitas e típicas do centro histórico. Actualmente ali podemos ver casas brasonadas, e com varandas com ferros forjados e também casas simples com belas varandas de madeira.



Passámos de seguida pela Praça de S. Tiago que é uma praça bastante antiga e que ainda conserva a traça medieval e que é uma das zonas mais movimentadas com bares e restaurantes e as respectivas esplanadas.


Por cima das arcadas que ligam a Praça de S. Tiago ao Largo das Oliveiras, encontra-se o edifício dos Antigos Paços do Concelho e em que actualmente ali se encontra instalada uma Delegação do Turismo. Na construção do edifício tem particular realce o alpendre sustentado em cinco arcos góticos, bem como as cinco janelas de sacada e uma estátua na fachada do edifício de um guerreiro que, segundo a tradição, simboliza o duplo contributo dos vimaranenses nas conquistas em África.


Por fim chegámos ao Largo da Oliveira que à semelhança da Praça de S. Tiago é uma das artérias mais movimentadas com bares e restaurantes e as respectivas esplanadas.
Este largo foi outrora um terreiro no qual existiria uma oliveira que terá secado e posteriormente em 1342, segundo a lenda, a oliveira volta a dar folha e fruto, quando um comerciante vimaranense radicado em Lisboa, Pêro Esteves, manda colocar no espaço uma cruz normanda. A partir desta data este terreiro passa a chamar-se “Largo da Oliveira”. A oliveira permaneceu na praça até 1870 altura em que contra a vontade do povo foi removida. Na última intervenção efectuada na praça no ano de 1985, foi de novo colocada uma oliveira no local onde supostamente estaria a oliveira inicial.


Neste largo encontra-se ainda a Igreja da Nossa Senhora da Oliveira e o Padrão do Salado. O Padrão do Salado de estilo gótico, comemora a batalha do salado travada em 1340 contra os Mouros no sul de Espanha.
Debaixo do padrão podemos ver a cruz normanda que o negociante vimaranense residente em Lisboa, Pêro Esteves, havia oferecido. A cruz feita em calcário, foi inicialmente dourada e policromada. Tem numa face Cristo Crucificado e na outra a Virgem. Na base apresenta imagens de santos.


Descemos até à “Zona de Couros” que se localiza junto ao rio que atravessa a cidade e fora das antigas muralhas e cuja actividade e indústria dos curtumes remonta à idade média. No século XIX esta zona de couros foi um núcleo privilegiado da indústria de transformação de peles, onde se manteve uma produção baseada nas técnicas tradicionais e no trabalho manual. Ali ainda podemos ver os típicos secadouros e tanques de tinturaria desta indústria de couros. Em 1977 a “Zona de Couros” foi classificada como Imóvel de Interesse Público.





Em seguida passámos pela muralha ‘Aqui Nasceu Portugal’ e seguimos até ao “Largo do Toural” em que actualmente é considerado como o coração da cidade. No século XVII era um largo extramuros junto à principal porta da vila, e no qual se realizavam as feiras de gado e de outros diversos produtos. Hoje é um largo com muito movimento e é considerado como o coração da cidade, sendo uma praça ampla com uma magnífica fachada nascente ao estilo pombalino.
Aqui também podemos ver um chafariz renascentista de três taças.



Muito mais há para visitar em Guimarães mas com o dia a aproximar-se do fim demos por finda esta nossa visita e na viagem de regresso a Vila Nova de Gaia passámos pela AS de São Mamede de Coronado, Trofa, para a respectiva manutenção de águas.
AS de São Mamede de Coronado, coordenadas, N 41° 16' 43"  W 08° 32' 59"
Percurso efectuado de Guimarães a Vila Nova de Gaia, 72 Kms
Nesta viagem efectuámos um total de 173 Kms

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As descrições e/ou um pouco de história, são essencialmente recolhidas através de informação existente em sites de Turismo, incluindo as do Turismo de Póvoa de Lanhoso, Sociedade Martins Sarmento, Turismo de Guimarães, do site da Quinta de São Vicente, consultas na Wikipédia e ainda na internet.

sábado, 11 de março de 2017

Fim de Semana pelo Minho (2017)

Parada de Bouro - São Bento da Porta Aberta - Póvoa de Lanhoso - Guimarães
 Dia 1 (11 de Março de 2017)
 
Após uma noite passada numa unidade hoteleira de Parada de Bouro, saímos depois do pequeno-almoço em direcção ao Santuário de São Bento da Porta Aberta e ali chegados estacionámos no parque de estacionamento do Santuário. Nesta altura poucos visitantes por ali se encontravam. 

 

O Santuário de São Bento da Porta Aberta é o segundo maior santuário português, depois de Fátima e atrai anualmente centenas de milhares de peregrinos sendo um lugar preferencial de culto ao fundador dos beneditinos e encontra-se localizado em Terras de Bouro, na freguesia de Rio Caldo. A origem do Santuário remonta a 1615, com a construção de uma pequena ermida. O actual Santuário é do final do século XIX. Segundo reza a tradição, esta ermida possuía um alpendre, como aliás acontece na maioria das capelas do alto dos montes e as suas portas encontravam-se sempre abertas, servindo de abrigo a quem por ali passava e daí vem a designação de São Bento da Porta Aberta.
Na fachada do Santuário encontra-se uma torre sineira a qual se avista em todo o vale da Caniçada. No interior são dignos de realce os painéis de azulejos da capela-mor que retratam a vida de São Bento, assim como o retábulo de talha coberto a ouro.

 


No Santuário venera-se a imagem de São Bento que é caracterizada pela figura do corvo. Esta figura do corvo foi um dos episódios da vida de São Bento, aquando de um pão que lhe foi oferecido por um seu discípulo, Florêncio, e em que São Bento sabia que o pão estava envenenado pelo que mandou um corvo que habitualmente por ali aparecia, que levasse o pão para bem longe, para que ninguém o pudesse encontrar.
São Bento, nascido em Núrsia, Itália é proclamado como “Pai e Padroeiro da Europa” e “Patriarca dos Monges do Ocidente" e foi um monge fundador da Ordem dos Beneditinos.
Após esta visita iniciámos a viagem em direcção a Póvoa de Lanhoso para visitar o Monte do Pilar que é o maior monólito granítico do país. (um monólito é uma estrutura geológica, como uma montanha, por exemplo, construída por uma única e maciça pedra ou rocha de grandes proporções).
No Monte do Pilar podemos ver o Castelo de Lanhoso, também referido como Castelo da Póvoa de Lanhoso, o Santuário de Nossa Senhora do Pilar e o Castro de Lanhoso.


O Castelo Medieval da Póvoa de Lanhoso, de estilo românico e gótico, embora bastante descaracterizado, é um dos mais imponentes castelos portugueses. 



A tradição refere que neste castelo se refugiou por duas vezes, a condessa Teresa de Leão, mãe de D. Afonso Henriques, quando foi atacada pelas forças da sua meia-irmã, D. Urraca, rainha de Leão e após foi negociado um acordo designado como “Tratado de Lanhoso”, pelo qual o condado de Portugal voltou a ser vassalo de Castela e Leão. Mais tarde, ainda segundo a tradição, D. Teresa retornou ao castelo, detida pelo seu próprio filho D. Afonso Henriques após a “Batalha de São Mamede”. Há até quem relate as maldições que D. Teresa rogou ao seu filho.
No século XIII, o castelo foi palco de um terrível crime passional: o seu alcaide, D. Rui Gonçalves de Pereira, tetravó do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que se encontrava fora do castelo, ao se inteirar da infidelidade conjugal de sua esposa, Inês Sanches, enamorada de um frade do mosteiro de Bouro, retornou e, fechando-lhes as portas ordenou que se incendiasse o castelo, provocando com isso a morte da esposa infiel e do seu amante, bem como dos serviçais, que implicou como cúmplices por não terem denunciado a infidelidade existente. Os antigos relatos referem que ninguém escapou com vida do incêndio nem sequer os animais domésticos.
O castelo encontra-se classificado como “Monumento Nacional” e a partir de 1938 iniciaram-se algumas obras de restauro e reconstrução sendo aberto ao público em 1996. Actualmente a Torre de Menagem foi reconvertida em museu, onde se encontram expostos numerosos objectos arqueológicos encontrados nos arredores do castelo, sobretudo no “Castro do Lanhoso” e também existe um espaço audiovisual onde se projectam filmes que nos mostram a história do castelo e das terras de Lanhoso.
Actualmente o Castelo é um lugar de visita obrigatória, não só por seu papel no nascimento do País como também pelas privilegiadas vistas que oferece da comarca do Minho, rodeada por Serras do Gerês e da Cabreira e banhada pelos rios Ave e Cávado.
Com o início da idade moderna e consolidadas as fronteiras do reino, o castelo perdeu progressivamente a sua importância estratégica, vindo a conhecer o abandono e a ruína e no século XVI parte foi desmontado para dar origem à edificação do Santuário, a escadaria e as capelas de peregrinação. Esta edificação foi iniciada por um comerciante abastado do Porto, André da Silva Machado, que decidiu erguer uma réplica do Santuário do Bom Jesus de Braga.
O Santuário de Nossa Senhora do Pilar é um santuário de devoção mariana e possui uma Via Cruz formada por cinco capelas com esculturas de madeira policromada que representam cenas do Monte Gólgota, relacionadas com a crucificação de Jesus Cristo. Actualmente conservam-se três capelas e são uma clara imitação das capelas do Santuário do Bom Jesus de Braga. No interior das capelas podemos ver figuras de madeira com tamanhos naturais representando os passos mais notáveis da Paixão de Cristo.



Após esta visita continuámos a nossa viagem e na passagem por Póvoa de Lanhoso pudemos ver a escultura dedicada a Maria da Fonte a qual no ano de 1846, iniciou nessas terras uma revolta popular contra o governo presidido por António Bernardo da Costa Cabral. Esta revolta resultou em grande parte pelo descontentamento popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas. A revolta acabou por estender-se a todo o país e inclusive levou à substituição do governo.


Continuando a nossa viagem fomos até ao alto do Monte de São Romão, na freguesia de Salvador de Briteiros, que dista cerca de 15 Km de Guimarães, para ver a “Citânia de Briteiros”.


Ali chegados preparámos o almoço a bordo da autocaravana e por fim é que decidimos ir até à recepção ali existente para comprarmos os acessos para visitarmos este castro arqueológico. O bilhete de acesso é de 3 € por pessoa com direito a visitar o Museu da Cultura Castreja que fica localizado a poucos minutos de distância e o qual iremos em seguida visitar.
A “Citânia de Briteiros” é um sítio arqueológico da Idade do Ferro e são uma prova extraordinária da existência de um importante povoado primitivo, de origem pré-romana, pertencente ao tipo geral dos chamados "castros" do noroeste de Portugal. Evidenciam nitidamente caracteres da cultura castreja, ainda que fortemente romanizados no começo da era cristã. Permaneceu ocupada durante a época das invasões romanas e pensa-se que deverá ter ficado definitivamente abandonada no século II.







A influência da romanização neste povoado, no século I a.C., é evidenciada em numerosos vestígios, tais como inscrições latinas, moedas da República e do Império, fragmentos de cerâmica importada (terra de sigillata), vidros, e outros.
Um dos monumentos pré-romanos mais curiosos é um balneário, constando de uma pequena câmara redonda ligada a um recinto quadrangular. Os dois compartimentos eram divididos por uma estrela de forma pentagonal com uma pequena abertura no fundo para se poder passar de um lado para o outro. Uma das câmaras servia para se tomarem banhos de vapor, a outra para se tomarem banhos de água fria. Durante algum tempo, pensou-se que este balneário fosse um edifício de carácter funepila.

 




A “Citânia de Briteiros ”encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1910.
As suas ruínas foram descobertas pelo arqueólogo Martins Sarmento em 1875.
Actualmente, dos 24 hectares de área total do monumento, apenas 7 hectares foram intensivamente escavados.
O espólio arqueológico destas ruínas encontra-se exposto, em Guimarães, no Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento.
Após esta visita saímos fomos visitar o Museu de Cultura Castreja.
O Museu da Cultura Castreja está instalado no Solar da Ponte, construção do séc. XVIII/XIX, que foi a casa de habitação dos pais de Francisco Martins Sarmento. A partir do momento em que principiou as suas escavações na Citânia de Briteiros, Martins Sarmento deslocava-se, periódicamente, para o Solar do Ponte onde se instalava durante o tempo dedicado aos trabalhos arqueológicos,


O Museu da Cultura Castreja é o primeiro espaço dedicado à cultura castreja, cultura autóctone que apenas existe no noroeste peninsular e é a matriz cultural desta faixa atlântica da Península Ibérica.
O Museu assenta essencialmente em dois temas: o primeiro tema  fala-nos sobre a vida e obra de Martins Sarmento, em que podemos ver um documentário biográfico e também exposições de objectos pessoais do arqueólogo.  O segundo tema tem como referência os materiais arqueológicos que foram recolhidos nas escavações quer da Citânia de Briteiros quer nas escavações do Castro de Sabroso, entre os quais se destaca a Pedra Formosa de Briteiros.





Dando por finda esta visita ao Museu de Cultura Castreja, iniciámos a viagem com destino a Guimarães onde chegámos pouco antes das 17 horas. Em Guimarães procuramos estacionamento próximo do estádio de futebol, mas não foi possível pelo que optámos por estacionar numa das artérias ali próximas.
Em seguida procurámos um dos postos de turismo no qual nos forneceram mapas e algumas informações turísticas interessantes. Após, passeámos um pouco pela cidade e de regresso à autocaravana optámos por ir estacionar nas imediações do estádio de futebol, pois já se encontravam alguns lugares de estacionamento livres. Esta opção ficou a dever-se a este local ser mais central para visitar a cidade.
Uma parte da noite foi dedicada a consultar toda a documentação turística que nos havia sido fornecida no Posto de Turismo.
Em Guimarães para estacionar e pernoita outra opção será o Campo ou Largo de São Mamede, junto ao Castelo de Guimarães, pois também fica central e próximo de locais a visitar e essencialmente será um espaço mais sossegado.

Estacionamento e pernoita em Guimarães, coordenadas, N 41° 26' 47"  W 08° 17' 59"
Percurso efectuado de Parada de Bouro a São Bento da Porta Aberta, 21 Kms
Percurso efectuado de São bento da Porta Aberta a Guimarães, 80 Kms