domingo, 13 de março de 2016

XIII Feira Internacional das Camélias em Celorico de Basto
Dia 2 (13 de Março de 2016)
(Celorico de Basto - Castelo de Arnoia - Vila Nova de Gaia)

De manhã, após o pequeno-almoço, fizemos novamente uma pequeno passeio pela Vila e em seguida partimos em direcção ao Castelo de Arnoia. Ali chegados estacionámos junto à Capela de Santa Luzia.


O Castelo de Arnoia, também conhecido como “Castelo dos Mouros” ou “Castelo de Moreira”, ergue-se na povoação e freguesia de Arnoia, do concelho de Celorico de Basto.
Na estrutura do Castelo destacam-se quatro elementos defensivos: a torre de menagem, o torreão quadrangular, uma única porta e a cisterna ao centro da praça de armas.



O Castelo, classificado como Monumento Nacional em 1946, de construção românica, encontra-se localizado no alto de um cabeço montanhoso, em posição dominante sobre a povoação que outrora foi a sede do Concelho de Celorico de Basto, com Casa da Câmara, Pelourinho e Cadeia., a “Villa de Basto”.
O pelourinho, a casa das audiências e a botica lembram a movimentada antiga “Rua Direita” ao longo da qual se desenvolveu a povoação.





Pelourinho e ao fundo o Centro Interpretativo do Castelo de Arnoia
Apesar das novas competências na jurisdição do território e de algum dinamismo incrementado (notório por exemplo na construção de uma cadeia em 1586) as populações continuaram a espalhar-se além vila, já que o isolamento e a limitação do espaço impediam a expansão do seu tecido urbano.
Estes factores de grande isolamento da Vila viriam a originar a tomada de decisão de D. João V, que em Abril de 1719 atribuiu por provisão a transferência da mudança da sede do Concelho de Arnoia, para o lugar de Freixieiro em Britelo onde, dotada de acessos e novos edifícios públicos e privados, passa a denominar-se de Vila Nova do Freixieiro, hoje Celorico de Basto.
A memória da pequena Vila de Basto ainda persiste mas hoje é identificada como “Aldeia do Castelo”.
Após a visita ao Centro Interpretativo do Castelo de Arnoia voltámos ao Castelo com a companhia de uma funcionária do Turismo ali sediada e que nos fez uma narrativa cultural, histórica e turística quer do castelo quer da aldeia, bem como outros locais de interesse desse Concelho.

Vista da "Aldeia do Castelo" a partir do Castelo de Arnoia
Espigueiro na "Aldeia do Castelo"
Terminada esta visita regressámos de novo a Celorico de Basto para o almoço.
Nessa altura as ruas da Vila já estavam com imensa gente que ali se tinham deslocado para ver o cortejo das camélias.
Este cortejo é considerado o ponto alto destas festividades e é um desfile temático que envolve a participação do agrupamento de escolas e toda a comunidade, com centenas de participantes que saíram à rua com roupas inspiradas nestas flores.










No final deste desfile iniciámos a nossa viagem de regresso tendo passado pela área de serviço de Guilhufe, Penafiel, para a respectiva manutenção de águas da autocaravana.
*
Local de estacionamento em Celorico de Basto, próximo da Biblioteca Municipal
N 41º 23’ 37,62’’   W 08º 00’ 14,64’’
Local de estacionamento em Celorico de Basto, recinto da feira N 41º 23’ 33’’  
W 07º 59’ 53,71’’
AS de Guilhufe, N 41º 13’ 43’’   W 08º 18’ 56’’
Total de Kms realizados nesta saída: 249
*
As descrições de locais bem como de monumentos e/ou um pouco de história, são essencialmente recolhidas através de informação existente em sites de Turismo, incluindo as do Posto de Turismo, site da Câmara Municipal de Celorico de Basto e consultas na Wikipédia.

sábado, 12 de março de 2016

XIII Feira Internacional das Camélias em Celorico de Basto
Dia 1 (12 de Março de 2016)
(Vila Nova de Gaia – Celorico de Basto)

Chegados a Celorico de Basto por volta das 10,30 horas e como previsto fomos para o local de estacionamento que um colega autocaravanista havia referido e no qual já se encontravam mais 8 autocaravanas. Esse local fica próximo do Parque de Campismo e da Biblioteca Municipal.



Centro Bibliográfico e Documental

Depois de devidamente instalados fomos até ao centro da Vila de Celorico de Basto, para uma primeira impressão, e constatámos que era também o dia da feira semanal. O local da feira estava todo preenchido com as diversas tendas dos feirantes.


Passeámos um pouco pela Vila e fomos ao Posto de Turismo para obter mapas e informações sobre pontos de interesse a visitar. Seguidamente regressámos à autocaravana para preparar o almoço.
Após o almoço decidimos iniciar a nossa visita e dirigimo-nos para a Quinta do Prado, que era onde se centrava essencialmente toda a programação e eventos da festa da Camélia.


A Quinta do Prado era uma quinta de exploração agrícola, toda murada, constituída por diversas construções, casa principal, edifícios agrícolas, eira murada com pavimento em laje de cantaria, um espigueiro estreito e comprido de paredes aprumadas em corpo de madeira com ripado vertical, assente em mesa sobre pés de pedra, com mós circulares e com belíssimos jardins.


Na casa, de construção do século VIII e posteriormente remodelada no século XIX, podemos destacar na sua fachada virada para leste uma varanda corrida decorada com azulejos.


A XIII Feira Internacional das Camélias, de 11 a 13 de Março, é um dos ex-libris culturais e naturais de Celorico de Basto. 
Nesta feira podemos observar uma grande exposição e mercado de camélias, espantalhos floridos, murais de camélias, exposição de clássicos de automóveis, motorizadas, motos e bicicletas, tendas com artesanato, vinhos e diversos produtos ligados ás camélias, como chás, doçarias, licores, compotas, etc, bem como outras actividades culturais como música e teatro e desfiles de rua.





















 Na festa das camélias é muito importante o contributo e participação da população e estabelecimentos comerciais uma vez que os mesmos enfeitam os mais diversos espaços com camélias, associando-se deste modo ao evento.
Podemos ainda apreciar as variadas decorações nas ruas, com varandas e portas engalanadas com camélias e também espantalhos floridos.






Durante a tarde e após o término da feira semanal, aproveitámos para mudar a autocaravana para os estacionamentos existentes no parque onde estava a feira, isto à semelhança de outros autocaravanistas, uma vez que este local é mais central.   Aproveitámos o fim da tarde para percorrer a pé algumas das ruas da Vila e conhecer assim mais um pouco desta localidade.

Antigo edifício da Casa de Audiências, Tribunal e Cadeia
Típica fonte pública de espaldar integrada no vão de um arco adossado ao muro de granito que sustenta o antigo passeio público da Vila. A bica é encimada por uma cartela oval, ladeada por volutas em alto-relevo, com a inscrição da data da sua construção em 1772.


Á noite, apesar do frio que se fazia sentir, decorreu no largo da Casa do Prado, o animado concurso do desfile de vestidos de camélias, amplamente divulgado e o qual foi entusiasticamente acompanhado por bastante público que se mostrou rendido à criatividade e beleza dos vestidos que se apresentaram a concurso.
Este desfile permitiu a eleição da Rainha das Camélias.





Após este evento recolhemos à autocaravana para descansar, mas a proximidade com uma discoteca que esteve em funcionamento pela noite dentro, mostrou que a opção por este estacionamento não foi a mais correcta.